quarta-feira, 22 de maio de 2013

Playlist: Top 10 - Hinos da Depressão

      Sou viciada em fazer playlists, tenho uma para cada humor. Por algum motivo, achei que seria legal compartilhar elas aqui, e pra estrear a nova tag me veio na cabeça a ideia de montar um top músicas deprimentes, todas dentro do gênero rock clássico. Aliás, essas músicas não são apenas músicas, elas foram consolidadas como hinos da fossa, do fundo do poço, da depressão. Espero que gostem. E ah, no final do post coloquei um link pra baixar todas as músicas em uma pasta compacta. ;)






10. Layla - Derek and the Dominos
Eric Clapton, Jim Gordon
Let's make the best of the situation
Before I finally go insane
Please don't say we'll never fingd a way
Don't tell me all my love's in vain
Layla é uma das músicas românticas mais intensas e sofridas da história do rock, e isso provavelmente se deve ao fato de ser baseada no amor de Clapton pela modelo Pattie Boyd, então esposa de George Harrison (um de seus melhores amigos). Até conseguir finalmente sua amada para si, Clapton teve uma fase de escuridão e compôs mais algumas músicas, como Bell Bottom Blues, presente no mesmo álbum em que Layla (Layla and other assorted love songs).



9. Behind Blue Eyes - The Who
Pete Townshend
No one knows what it's like, to feel these feelings
Like I do, and I blame you
No one bites back as hard, on their anger
None of my pain or woe, can show through

Mais conhecida pelo cover ruim de Limp Bizkit, Behind Blue Eyes foi escrita para o rock opera Lifehouse, do The Who. É interpretada pelo personagem Jumbo, um homem cheio de ódio no coração e angustiado com a pressão e as tentações que o cercam.




8. Total Eclipse of the Heart - Bonnie Tyler
Jim Steinman 
Once upon a time, I was falling in love
But now, I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
Até onde se sabe, a música não foi escrita para ninguém conhecido, já que não foi Bonnie Tyler quem nos presenteou com as letras de Total Eclipse of the Heart. Porém, nota-se que elas são extremamente obscuras, mostrando toda a fossa em que se pode ficar após o término de um relacionamento. Solidão e desespero são as bases que as sustentam e as tornam incríveis.

7. Love of my Life - Queen
Freddie Mercury
Love of my life don't leave me,
You've stolen my love,
And now desert me,
Love of my life, can't you see?
Sendo uma das mais conhecidas canções de amor dos últimos tempos, Love of my Life foi escrita para Mary Austin, com quem Freddie Mercury teve um relacionamento longo no início dos anos 70. Mesmo após o término do relacionamento romântico, os dois mantiveram uma forte amizade até a morte dele, em 1991. Freddie certa vez afirmou que, apesar de ser homossexual, Mary era, de fato, o amor de sua vida.


6. Comfortably Numb - Pink Floyd
David Gilmour, Roger Waters 
There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
Com seu famoso (e diga-se, belíssimo) solo, Comfortably Numb, assim como muitas outras músicas do Pink Floyd, remete às drogas e seus efeitos: solidão, desesperança, entorpecimento emocional, psicológio e físico. É um hino da depressão porque estar numb é estar morto por dentro.


5. Hurt - Johnny Cash
Trent Reznor
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
Foi originalmente interpretada pelo Nine Inch Nails, porém foi na voz melancólica de Johnny Cash que a música atraiu a atenção da crítica. O mais triste é que Hurt foi o último sucesso de Cash antes de sua morte em 2003, o que torna inevitável o pensamento de que seu fim foi solitário e sombrio.


4. Please Please Please Let Me Get What I Want - The Smiths
Johnny Marr, Morrissey
Haven't had a dream in a long time
See, the life I've had
Can make a good man
Turn bad
So for once in my life
Let me get what I want
Lord knows, it would be the first time
O que eu acho genial nessa música é o equilíbrio entre a tristeza e a esperança. Ao mesmo tempo em que a dor da vida de modo geral é expressa, o "narrador" também implora pelo que quer, mesmo que seja pela primeira vez.


3. Mother - John Lennon
John Lennon
Mother, you had me, but I never had you
I wanted you, you didn't want me
So I, I just got to tell you
Goodbye, goodbye
Ao contrário do que aparenta, Lennon e sua mãe tinham uma boa relação. O primeiro verso da música nada mais é do que uma forma de homenagear sua progenitora, morta quando ele tinha 17 anos. Já a referência feita ao pai é um reflexo da dor, por ele ter abandonado a família quando John era criança. As últimas frases da letra são "Mama, don't go" e "Daddy, come home", demonstrando a tristeza e o descontentamento.


2. Tears in Heaven - Eric Clapton
Eric Clapton, Will Jennings
Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I'll find my way
Through night and day
'Cause I know I just can't stay
Here in Heaven
 Tears in Heaven foi escrita como homenagem ao filho de Eric Clapton, Conor, que morreu aos 4 anos em 1991. Segundo Clapton, a música agiu como um "agente de cura.. E funcionou". Apesar da perda de um filho ser considerado algo insuperável, hoje em dia a ferida parece estar cicatrizada, e a canção não é mais tocada em shows.


1. Love Will Tear Us Apart - Joy Division
Ian CurtisPeter HookStephen MorrisBernard Sumner
You cry out in your sleep
All my failings exposed
And there's taste in my mouth
As desperation takes hold
Just that something so good
Just can't function no more
But love, love wil tear us apart, again
O primeiro lugar dessa lista não poderia ser diferente. Ian Curtis foi a voz da depressão no final da década de 70 até 1980, quando cometeu suicídio provavelmente por estar farto do mundo ao seu redor. Love Will Tear Us Apart fala sobre os problemas conjugais de Ian e sua esposa Deborah, e foi lançada um mês após a morte do vocalista. Curtis foi cremado, e a pedido de Deborah, o título do maior sucesso do Joy Division foi gravado na lápide em sua memória.




Gostou?



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Rainbow Cupcakes

Oi, gente. Quero compartilhar hoje uma receita que eu particularmente adoro, que não é difícil de fazer e esteticamente é bem divertida também: Os rainbow cupcakes, ou seja, cupcakes coloridos.

Eu sempre uso minha receita tradicional de bolo de baunilha pra fazer porque as receitas de cupcakes que eu já testei não diferem muito dela. E também porque de todas que eu já testei, essa é a que mais me satisfaz em todos os aspectos: consistência, gosto e aparência. Mas enfim, vamos ao que interessa:


Massa:

  • 3 ovos (separar as gemas)
  • 3 colheres de sopa de manteiga (eu sempre dou uma derretidinha)
  • 1 xícara de leite
  • 2 1/2 xícaras de açúcar
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (coloco um pouquinho mais hehe)
  • 1 colher de sopa de fermento
  • farinha de trigo até dar ponto (aprox. 2 xícaras)
  • corantes de várias cores (usei 5: azul, verde, rosa, amarelo e vermelho)

1. Bata a manteiga e o açúcar na batedeira até eles se misturarem bem;
2. Adicione as gemas;
3. Acrescente o leite e a baunilha, e aos poucos vá adicionando a farinha e o fermento;
4. Reserve essa massa;
5. Em outra tigela, bata as claras em neve;
6. Adicione as claras em neve à mistura anterior com cuidado;
7. Separe a massa em tigelas diferentes(dependendo da quantidade de cores que vai usar), assim:


8. Com uma colher para cada cor, vá as colocando nas forminhas de papel(dentro de forminhas de metal), as cores vão se misturar!

Como cupcakes não são nada sem o frosting, a cobertura, vou deixar aqui a dica de um negrinho brigadeiro especial pra coberturas e recheios. A receita é a mesma do brigadeiro normal, a diferença é que se adiciona uma caixinha de creme de leite. Aí é só esperar esfriar (tanto a cobertura quanto o bolinho).  Se tiver saco de confeitar, melhor ainda. Acho que dá um acabamento mais bonitinho no cupcake.

Fica assim, ó:






Se tiverem dúvidas/observações, comentem. E ah, quero ver os resultados de vocês! :)

Um grito de socorro pela música atual


        Sempre fui muito ligada em música, desde muito pequena. Portanto, tenho um hábito quase diário de viajar pelo youtube em busca de algo novo, e eis que dessa vez me deparo com algo que eu já conhecia, mas meu cérebro tinha inteligentemente apagado: Essa música. Não sei o porquê, mas esse tipo de porcaria me deixa instigada. Vi o vídeo até o final e ainda prestei atenção na letra. Aí, eu queria postar aqui um trecho da letra, mas juro que não consegui decidir qual deles era o pior.
        Eu poderia dizer que deixa a desejar, mas não, é mais do que isso. Porque faz uma apologia desnecessária ao excesso de álcool, o que nesse caso é relativamente grave porque quem ouve esse tipo de música, imagino eu, são predominantemente pré-adolescentes que ainda são influenciáveis (e muito). Porque são três meninas que simplesmente não sabem cantar. Porque a letra é completamente rasa, sem significado (além de repetitiva). Porque até mesmo o ritmo é banal, mal trabalhado. Desagradável.
        Fui ler os comentários. Os principais argumentos dos defensores são: “elas estão se divertindo fazendo o que amam” e “elas estão fazendo mais dinheiro do que vocês”.
Primeiro: Elas são péssimas no que elas fazem, fim.
Segundo: Sabe quem mais ganha mais dinheiro do que nós? Os políticos, esses aí que estão tomando conta do mundo e contribuindo pro desmanche total. E, mesmo assim, posso não fazer dinheiro como elas, mas pelo menos vou me certificar de que estarei fazendo algo que eu ame, mas que ao mesmo tempo algo em que eu seja boa e que me faça sentir merecedora da quantidade que eu ganho.
        Aí tu pode me perguntar “E por que diabos tu perdeu tempo dissertando sobre essas pessoas aleatórias?”, e essa é uma boa questão, é algo que eu logo me perguntei quando pensei em escrever esse texto.
        E a verdade é que isso aqui é mais um apelo do que qualquer outra coisa. Não sei das outras pessoas, mas eu nunca tinha visto tanta falta de talento na indústria musical ao mesmo tempo como vejo hoje em dia. Voz? Letras de fundamento? Talento? Não são mais necessários. Vivemos em um mundo onde tudo pode ser comprado e, portanto, produzido, criado, fabricado. Fabricado como as gravadoras o fazem, moldando “artistas” de acordo com a receita do sucesso, que por sinal não é lá muito complexa: Ritmos que ficam meses na tua cabeça, letras repetitivas e sem muita profundidade, e por fim um rostinho bonito e maquiado pra conseguir vender bem os itens anteriores. E isso não é culpa da indústria não, ela só faz o papel dela. É assim que o capitalismo funciona. Isso é culpa de quem ouve, de quem compra, de quem prestigia. E não, não cabe a mim julgar ou ditar do que cada um deve gostar ou desgostar, mas felizmente sou cem por cento livre para criticar e deixar aqui minha frustração: Não sei porque as pessoas se contentam com tão pouco.